Durante as minhas leituras sobre
docência e pesquisa deparei-me, várias vezes, com uma historinha, dessas que a
autoria se perde na repetição, bem singela, mas que conduziu à muitas e
produtivas reflexões. Vou contá-la para vocês.
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Fonte: pixabay.com |
Certo dia, um professor desenvolveu um
grande método, ele descobriu uma forma de ensinar um cachorro a falar. Para
demonstrar seu experimento, ele resolveu escreveu um livro e tomou para si um
cachorrinho, ainda filhote, que iria ser a “cobaia” do seu método.
Foram longos quatro anos, entre o
início da experiência e o momento em que finalmente a obra seria lançada e o
mundo conheceria seu grande feito. Houve grande divulgação e uma pequena
multidão se aglomerou no rol de entrada do salão onde haveria o lançamento do
livro.
Os livros, para a venda e autógrafo,
estavam lindamente organizados em formato de pirâmide, tudo pronto para o
grande momento, todos muito ansiosos por aprender este método, pois queriam
interagir mais com seus cachorrinhos em casa.
O professor chegou, como uma pequena
celebridade, vestido como para um baile de gala e com a sua cobaia em uma cesta
de vime ornada de forma muito caprichosa. Sentou-se e começou a autografar os
livros, tendo sempre seu cachorrinho ao lado, que preguiçosamente dormia, sem
se incomodar com o alvoroço ao seu entorno.
As pessoas começaram a ficar
incomodadas, porque, afinal, elas queriam mesmo era ver o método em ação. E
quando o professor se deu conta todos estavam entorno do cachorrinho e pediam,
entre gracinhas, que ele falasse, que dissesse alguma coisa.
Foi quando finalmente um dos presentes
perguntou: “Professor, o cachorrinho não fala nada, você não o ensinou a falar?”
O professor respirou profundamente e
disse: “Eu ensinei, ele foi que não aprendeu!”
Esta história me remete sempre a alguns professores que pensam que sua tarefa termina quando ele recita o conteúdo em sala de aula, mas isto não é verdade, a missão do professor é muito maior, é alcançar o seu estudante, é trazer o
conteúdo para próximo dele, é ser ponte.
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