Duas situações que aconteceram
comigo me levaram a refletir sobre a efemeridade do saber. A primeira diz
respeito a um pedido que realizei, ano passado, para entrar no curso de pedagogia
como Portadora de Curso Superior, tinha uma vaga para o turno que eu estava
concorrendo e meu pedido (único pedido para aquela vaga) foi indeferido por que
eu já tinha mais de 5 anos de formada (tenho 20 anos de formada), resultado a vaga continuou vaga. Tudo bem (nem tanto), eu
busquei entrar no curso por meio do ENEM, fiz o exame e logrei aprovação em primeiro
lugar, para o mesmo curso e turno que eu desejava.
A outra situação foi a observação de uma revisora de um artigo meu, que fez o seguinte comentário: “verificar a pertinência da citação,
uma vez que a fonte é da década
de 1960.”, também aqui não haveria problema para modificar, posso procurar um comentador do autor
da década de 60 e colocar uma citação mais nova.
Mas o meu incomodo é com a ideia, sempre crescente no mundo acadêmico e científico, do conhecimento descartável.
Quando conversava com alunos meus da área de saúde sobre redação científica,
eles sempre diziam que não podiam colocar citações muito antigas...
Claro que não vamos realizar
toda uma pesquisa com fontes datadas de uma época específica, mas daí a jogar fora as produções a partir de uma
data, para mim é modismo e não tem nada de científico nisto. O pensamento não envelhece, o conhecimento não tem
prazo de validade. Vou manter a minha citação, pois acredito em citar o
pensador original, mesmo que da década de 60, de 40 ou de 20, ou mesmo do século
XIX se for o caso.
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