19 de mai. de 2020

Professores em Tempo de Isolamento Social

Fazendo uma rápida pesquisa na internet cheguei a essa definição do termo “crise”: 'A palavra crise [...] em medicina, trata-se de «o momento que define a evolução de uma doença para a cura ou para a morte» ou de «dor paroxística, com distúrbio funcional em um órgão». Em economia, é «fase de transição entre um surto de prosperidade e outro de depressão, ou vice-versa». (in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-etimologia-da-palavra-crise/28974 [consultado em 19-05-2020]). Acho que podemos muito bem empregar esse termo ao momento atual em que estamos, todos nós professores, estamos em crise.
No Brasil, em meados de março de 2020, fomos todos assolados por inimigo invisível que nos obrigou a ficarmos isolados, distantes de muitos e muito perto de outros. Tivemos que reinventar as relações sociais e as relações íntimas e afetivas. O sentimento de solidariedade com os mais afetados economicamente com esse momento aflorou em muitos, foi e está sendo um momento de mudança.
Mas e os professores? Como estão nesse momento?
Tivemos, na verdade duas realidades, os professores da rede pública e os professores da rede privada, ele viveram tempos e dificuldades diferentes.
Os professores da rede privada tiveram que continuar a trabalhar, agora no modelo remoto de aulas. Ninguém estava preparado, nem queria essa mudança toda. Foi preciso realizar ações de tentativa e erro, houve muita intranquilidade, queixas e tristezas, noites insones e sobrecarga. Necessidade de aprender, em tempo recorde, a se movimentar em um ambiente novo e estranho. Nos professores foi depositado a tarefa de animar os alunos, mantê-los focados e interessados e junto a isso veio muito estresse, sensação de fracasso e desânimo. As “lives” e cursos virtuais sobre ferramentas digitais e se proliferaram e os professores buscaram ansiosamente se inserir nesse contexto.
Já os professores da rede pública foram mergulhados em uma suspensão de trabalho, que ao mesmo tempo lhes era cobrado que realizassem planos de atividades que justificassem o fato de ainda estarem recebendo seus salários. Fico mesmo questionando, como se pode cobrar um plano de atividades quando os calendários estão suspensos, o que querem que os professores coloquem nesse documento e o que está por trás dessa providência.
Diante dessas duas realidades distintas e igualmente geradora de desgaste profissional, inicialmente pintamos os professores com paleta de cores pálidas denotando um cansaço. Mas diferente disso, percebo que os professores estão, diante dessa Crise, desse momento “que define a evolução de uma doença para a cura ou para a morte”, escolhendo se reinventar, o processo não é romântico e fácil e nem os professores são super-heróis em um mundo idealizado, mas eles estão superando, renascendo nesse contexto todo.
Mas assim é a história da profissão docente, uma história de renascimento, e não vai ser diferente agora. E me lembro da Fênix, uma ave da mitologia egípcia que representa os ciclos da vida, o recomeço e a esperança num futuro melhor, os professores continuam a serem Fênix,  renascendo das cinzas.

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 E hoje é o dia da Colação de grau dos meus primeiros afilhados do curso de Pedagogia. Ser paraninfa é uma honra e uma responsabilidade muit...